Os planetas regentes dos signos
Conheça os planetas que regem cada signo e como influenciam a sua essência e destino.
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A astrologia é uma linguagem simbólica que busca compreender a vida a partir dos ciclos celestes. Um dos conceitos mais importantes dessa linguagem é o de "regência planetária": a relação de afinidade entre determinados signos e certos planetas.
Se você já ouviu dizer que "Marte rege Áries" ou "Vênus rege Touro", está diante desse princípio. Mas essa ideia vai além de uma simples associação, trata-se de uma correspondência profunda entre os padrões simbólicos observados nos astros e os comportamentos associados a cada signo do zodíaco.
Entender quem são os regentes de cada signo é o primeiro passo para interpretar, com mais precisão, a dinâmica entre os planetas e os setores do mapa astral. Isso nos permite identificar temas recorrentes, reconhecer padrões de comportamento e até compreender melhor certas inclinações emocionais, mentais ou vocacionais. Se você ainda não conhece o seu mapa, é possível gerá-lo gratuitamente aqui no Astrolink e acompanhar a leitura com mais profundidade.
O que é regência planetária?
Na astrologia tradicional, os planetas "regem" certos signos porque compartilham com eles qualidades simbólicas - ou seja, características arquetípicas que expressam a mesma natureza essencial. Essa correspondência se revela nos comportamentos, funções e ritmos que tanto os planetas quanto os signos representam, criando vínculos profundos entre ambos. Essa relação de afinidade é construída pela observação milenar dos efeitos dos astros em diferentes contextos, tanto na natureza quanto no comportamento humano.
Quando dizemos que um planeta rege um signo, estamos dizendo que ele se expressa com mais potência, clareza e naturalidade naquele setor do zodíaco. É como se o planeta estivesse em casa: suas características se manifestam com mais fluidez.
A essa posição chamamos domicílio. Um planeta em seu domicílio tem liberdade para agir, pois está em um território que reconhece e com o qual compartilha valores.
Domicílio diurno e noturno
Os astrólogos da tradição grega dividiram os signos entre aqueles de natureza solar (mais voltados à expressão e racionalidade) e os de natureza lunar (mais intuitivos, emocionais, próximos da origem). Com isso, alguns planetas ganharam dois domicílios: um "diurno" (mais maduro, solar) e outro "noturno" (mais espontâneo, lunar), como é o caso de Mercúrio, Marte, Vênus, Júpiter e Saturno.
Mas será que cada signo deve ter apenas um planeta regente? A resposta é: nem sempre.
Embora o modelo tradicional atribua um planeta por signo, a descoberta de novos astros ao longo da história levou astrólogos modernos a considerar regências múltiplas. Isso acontece porque os signos não foram divididos com base em uma regra rígida, e sim em padrões observacionais.
Se um novo astro demonstra padrões que se alinham com um determinado signo, ele pode, com o tempo, ser reconhecido como regente daquele signo também, mesmo que este já tenha um regente tradicional. Foi o que aconteceu, por exemplo, com Urano (associado a Aquário), Netuno (a Peixes) e Plutão (a Escorpião).
Os planetas regentes de cada signo do zodíaco
Agora que você já sabe o que é um planeta regente e suas principais características, confira a seguir qual o planeta regente de cada signo.
Áries - Marte
Áries é regido por Marte, planeta associado ao impulso, à ação, ao desejo de conquista e combate. Essa relação é observada há milênios e confirmada por estatísticas como as do casal Gauquelin, que associaram Marte a personalidades competitivas, como militares e atletas.
Touro - Vênus
Touro é regido por Vênus, mas em sua expressão mais simples e sensorial. Aqui, Vênus se conecta ao prazer concreto: conforto, beleza natural, alimentação, segurança. Representa a apreciação do que é durável, estável e sensível ao toque e ao tempo.
Gêmeos - Mercúrio
Mercúrio rege Gêmeos com um tom mais juvenil, versátil e curioso. É a mente em busca de estímulo constante, de comunicação leve e agilidade de pensamento. Um Mercúrio mais descomplicado, múltiplo, brincalhão.
Câncer - Lua
A Lua é regente de Câncer por afinidade total com os temas da emoção, da memória, do acolhimento e da família. A Lua, com seus ciclos e oscilações, simboliza a sensibilidade e a natureza protetora que caracterizam este signo de água.
Leão – Sol
O Sol encontra em Leão seu lugar de maior expressão. Aqui, os temas solares, identidade, brilho, liderança, vontade de deixar uma marca no mundo, se manifestam com intensidade. Leão é o palco onde o Sol mostra sua luz plena.
Virgem - Mercúrio
Mercúrio também rege Virgem, mas com outra tonalidade: aqui ele é mais analítico, técnico, cuidadoso e voltado à organização. É o Mercúrio que planeja, corrige e busca eficiência. Um regente que traz método ao pensamento.
Libra - Vênus
Vênus rege Libra, mas em um tom mais solar, sofisticado e social. A beleza aqui está nos relacionamentos, na harmonia entre pessoas e ideias, na elegância e no equilíbrio. É o amor que se torna diálogo, parceria, justiça e estética.
Escorpião - Marte (e Plutão, modernamente)
Tradicionalmente, Escorpião também é regido por Marte, mas aqui ele aparece de forma mais estratégica, profunda e silenciosa. É o Marte que espera o momento certo. Após a descoberta de Plutão, muitos astrólogos passaram a considerá-lo como co-regente de Escorpião, por sua relação com transformações, profundidade, renascimento e poder oculto.
Sagitário - Júpiter
Júpiter rege Sagitário, signo associado à busca por sentido, expansão e fé. Aqui, Júpiter representa o otimismo, a filosofia, a visão ampla da vida. É a crença raciocinada, o desejo de aprender e ir além dos próprios limites.
Capricórnio - Saturno
Saturno é o regente de Capricórnio e representa a disciplina, o tempo, a responsabilidade e a construção com base sólida. Capricórnio é o signo da montanha a ser escalada com esforço e perseverança. Aqui, Saturno mostra sua face mais madura e objetiva.
Aquário - Saturno (e Urano, modernamente)
Tradicionalmente, Aquário também é regido por Saturno, mas com uma abordagem voltada ao coletivo, à inovação conservadora. Com a descoberta de Urano, esse planeta passou a ser associado a Aquário por sua relação com rupturas, originalidade e avanços tecnológicos. Urano quebra padrões, Saturno os preserva. Aquário é a tensão entre esses dois princípios.
Peixes - Júpiter (e Netuno, modernamente)
Na astrologia clássica, Júpiter rege Peixes por sua conexão com a fé e a generosidade sem limites. Já na astrologia moderna, Netuno também é associado ao signo, por representar a espiritualidade, os ideais, os sonhos e até os estados alterados de consciência. Peixes dissolve fronteiras e busca a unidade com o todo.
O seu mapa astral tem um planeta regente?
Essa é uma dúvida comum, mas a resposta mais honesta é: não exatamente.
A tentativa de eleger um "regente geral" do mapa é antiga, mas caiu em desuso por ser uma simplificação excessiva de um sistema extremamente complexo. O mapa é um organismo simbólico composto por diversos fatores, e todos eles interagem.
Assim como não dizemos que o coração é o órgão mais importante do corpo (ele depende de pulmões, sistema nervoso, etc.), um mapa também não deve ser reduzido à ação de um único planeta.
Podemos, sim, observar planetas mais destacados, por posição angular, aspectos ou presença em signos fortes, mas falar em regente único do mapa tende a ser uma abordagem reducionista.
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E a casa onde o regente está?
Outra prática comum é observar em que casa do mapa natal está o regente do ascendente. Por exemplo: se o ascendente está em Libra, Vênus (regente de Libra) se torna um planeta importante e sua posição em casas e aspectos ganha peso.
Mas, de novo: isso só tem valor quando interpretado em conjunto com o restante do mapa. Uma Vênus bem colocada e fortalecida pode destacar temas de relacionamento e harmonia, especialmente se estiver, por exemplo, na casa 7. Mas não se deve basear toda uma leitura apenas nesse ponto.
O que realmente importa?
A regência é uma das ferramentas da interpretação astrológica, mas seu valor está na conexão entre elementos, não no isolamento de um fator. Planetas, signos, casas e aspectos formam uma rede simbólica complexa. É a harmonia, ou a tensão, entre essas partes que revela o verdadeiro potencial do mapa.
Mais do que decorar qual planeta rege qual signo, o mais importante é compreender a lógica de afinidades que sustenta essas relações.
A astrologia é uma linguagem viva, feita de padrões recorrentes, e o astrólogo, mais do que um decifrador de símbolos, é um intérprete de relações!
Agora você já sabe!
- Cada signo tem um planeta que melhor expressa sua natureza;
- Regência é uma relação simbólica baseada em semelhança funcional, não uma posse;
- Alguns signos têm dois regentes (um clássico e um moderno);
- Não existe "um regente do mapa" que resuma tudo;
- A interpretação deve considerar o conjunto do mapa, e não apenas um fator isolado.
Seu mapa natal é como uma orquestra: cada planeta toca sua parte, cada signo dá o tom, e o papel do astrólogo é ouvir a sinfonia completa. Afinal, você não é regido por um único planeta, você é quem rege a sua jornada!