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As Eras Astrológicas

A astrologia está em tudo... e mais um pouco.

Por Astrolink em Astrologia básica

Modo claro

29 minutos de leitura

O zodíaco é uma determinação simbólica e já era conhecido na antiga Babilônia, na região na Mesopotâmia, lugar dos antigos reinos dos sumérios, assírios e babilônios. Esta era uma época em que se praticava a observação astronômica sob a forma de um tipo de teologia astral, religiões onde os astros (assim como outros fatores da natureza) eram cultuados.

Por vezes, nos pegamos encantados com o pôr ou nascer do Sol sem pensar no que esteja por trás disso a nível cósmico. Os fundamentos astrológicos primordiais, portanto, iniciam na sucessão dos dias e das noites, mas são baseados em três movimentos principais:

1. A rotação da Terra sobre o próprio eixo, que gera os dias e as noites ao completar o ciclo em 24 horas;
2. O movimento da Terra em torno do Sol, chamado translação, que sob a perspectiva da terra o faz percorrer o zodíaco em 12 meses e cria a sucessão das estações do ano;
3. E um terceiro movimento mais complexo, a que podemos fazer uma analogia com um pião, oscilando ora para um lado, ora pro outro.

Assim, o polo celeste (que é uma extensão imaginária do pólo terrestre) descreve no céu um lento movimento circular no sentido leste-oeste.

É fato também que o eixo terrestre não é fixo e nosso planeta não é uma esfera perfeita, mas sim um geoide. Devido a rotação, gravidade e outros fatores, é causado este terceiro movimento terrestre, chamado oficialmente de "Precessão dos Equinócios". Ou seja, a Terra vai mudando o seu eixo de rotação a cada 2.160 anos mais ou menos. Sendo assim, a cada 2.160 anos, há esse apontamento para cada um dos signos do zodíaco.

No céu acima do polo norte também existem 6 constelações, conhecidas como constelações polares. Abaixo, perto do Equador, existem as 12 constelações zodiacais. O sistema solar dá voltas ao redor da galáxia sob uma linha imaginária chamada eclíptica e cada volta dura cerca de 25.920 anos, num ciclo eterno, chamado de ano cósmico.

Divide-se essa volta de 360graus do sistema solar pela abóbada celeste em 12 setores de 30 graus cada um. Ao longo deste vasto ciclo, o pólo volta-se sucessivamente para diferentes regiões do céu. Por esta razão, a estrela polar (aquela para a qual o pólo norte aponta) também varia: já foi a Alpha Draconis, por volta de 3000 a.C. e hoje é Polaris, a Alfa da Ursa Menor. Dentro de 12 mil anos será a estrela Vega, da constelação de Lira.

É durante essa volta que o planeta recebe as diferentes energias dos 12 signos zodiacais. Se soubermos sob qual das seis constelações polares e das 12 constelações zodiacais está situada a terra num determinado momento, podemos estabelecer exatamente a Era correspondente, onde sua dinâmica age como um "Ascendente planetário", o aspecto macro que guia todo um período, classificando a forma como serão tratados toda uma gama de assuntos e definindo o destino do homem em cada fase, ditando as diferentes circunstâncias de aprendizado que ele deve viver em sua lenta jornada ao longo do ciclo.

O efeito energético mais forte na Terra é o da constelação pela qual o ponto vernal está se movendo. O ponto vernal é o ponto da esfera celeste determinado pela posição do Sol quando esse, movendo-se pela eclíptica, cruza o equador celeste - próximo (ou no próprio) dia 21 de março, determinando com isso o equinócio de primavera para o hemisfério norte e o de outono para o hemisfério sul.

Cerca de 2160 anos antes do marco o qual cunhamos como o nascimento de Jesus Cristo e início do nosso calendário atual, o ponto vernal se movia através da constelação de Áries. Devido à precessão dos equinócios, nesta época o ponto vernal moveu-se para a constelação de Peixes e o mundo foi envolvido na chamada Era de Peixes.

Agora, cerca de 2 mil anos depois, o ponto vernal está se movendo através dos últimos graus da constelação de Peixes, começando a dar lugar à chamada Era de Aquário. Isso significa que no próximos 2160 anos aproximadamente, Aquário, que é governado por Urano e tem como seu polo oposto o signo de Leão, que é regido pelo Sol, afetará o mundo por inteiro em uma visão macro e moldará os conceitos da humanidade, estabelecendo uma nova era de ideias.

A tendência é a Terra progredir em direção à igualdade entre as crenças, fazendo todos reconhecerem que há apenas uma força vital que orquestra tudo no universo e age de forma intrínseca. Tudo é uma única coisa, variando em frequência e intensidade.

Sinais dos tempos

Boa parte do conhecimento dos egípcios foi herdado dos antigos Sumérios e talvez dos mitológicos Atlantis. Seus conhecimentos sobre os mistérios dos céus fizeram deles os precursores da atual Era de Aquário (afinal, o nascimento do Egito ocorreu num signo de ar, assim como a Era tão esperada na qual estamos adentrando aos poucos).

Muitos não sabem, mas a Grande Esfinge de Gizé é uma escultura de cunho monolítico de total simbolismo astrológico, que faz analogia com os signos classificados como fixos: Touro, Leão, Escorpião e Aquário. É um relógio que marca os ciclos maiores do sistema solar na galáxia. Ela é o maior e mais antigo registro do tempo sobre o planeta.

É uma estranha figura formada por partes de quatro diferentes animais: cabeça  humana (Aquário), cauda e garras de leão (Leão), corpo de bezerro (Touro) e asas de águia (Escorpião) [o signo de Escorpião também é tem como símbolo uma águia]. De fato, um enigma, mas é possível reconhecer os quatro signos fixos facilmente.

Muitos defendem que cada Era Astrológica teve sua personalidade marcante, com um mensageiro de uma nova maneira de enxergar o mundo, influenciando e mudando as pessoas e marcando seu tempo. Na era de Touro foi Krishna, na de Áries, Moisés, na de Peixes, Jesus.

A Era que estamos inseridos na transição agora é a de Aquário. Os cristãos, em particular, esperam a vinda de um outro messias estilo Jesus (ou o retorno do mesmo), um salvador que livre a humanidade dos pecados acumulados durante e Era de Peixes, liderando todos para o novo mundo de Aquário.

Aliás, há uma clara referência na bíblia que pode ser analisada como simbolismo para a transição das Eras atuais, onde em Lucas 22:8-13, Jesus fala para Pedro e João dentro de um contexto específico citando a Páscoa (palavra que deriva do hebraico Pessach e que significa “passagem") o seguinte:

"...Ao entrarem na cidade, vocês encontrarão um homem carregando um cântaro de água. Sigam-no até a casa em que ele entrar...".

Quer saber como essas informações podem afetar sua vida?

As Eras que já passamos

O relógio das eras parece corresponder-se, em linhas gerais, com as diversas civilizações e religiões antigas. Assim, quando o Sol de primavera se elevava na Era de Touro, dominava o mitraísmo na Ásia Menor, cujo animal sagrado era o boi Ápis (analogia com o símbolo de Touro). O culto do Minotauro, que evoca ainda a lenda do bezerro de ouro semita, estava associado às religiões da Suméria, da Síria e do Egito.

Depois, quando o mesmo Sol atravessava a Era de Áries, havia o culto do velocino de ouro, do cordeiro pascal. Enfim, após dois milênios da Era de Áries, entramos na Era de Peixes, que foi a era do Cristianismo. Os primeiros cristãos tomaram os peixes como emblema e sinal para reuniões secretas, gravando-os nos muros das catacumbas e sobre suas primeiras sepulturas, sendo o peixe sempre o animal de sacrifício na religião cristã. Já reparou que a mitra do Papa é um peixe? O espírito do cristianismo está conforme a energia e psicologia do último signo zodiacal, Peixes: abnegação, caridade, humanidade, compaixão e grandes instituições.

É curioso também constatar que a Igreja Católica, que oficialmente renega a astrologia, a utiliza para basear toda sua simbologia. Na verdade a bíblia é um imenso compêndio de astrologia, suas histórias provavelmente são registros de cunho astrológico derivadas de escrituras ainda mais antigas.

Era de LeãoERA DE LEÃO (10.740 a.C.até 8.780 a.C.)

Leão simboliza poder e está ligado ao Sol. Como arquétipo, seu fogo promove a evolução do espírito para torná-lo mais puro e forte. Leão também nos impulsiona a buscarmos o que está à frente do nosso tempo. Reza a lenda que a Era de Leão foi marcada pela má utilização do fogo por parte da civilização Atlante, o que resultou na destruição do continente perdido que Platão descreveu. Da Era de Leão provém também as primeiras manifestações artísticas como esculturas em osso, pinturas em rochedos em cavernas encontradas na Europa Ocidental, na África do Norte e em diversas partes do mundo, conforme descobertas. Pesquisas sobre esse estágio arcaico da humanidade revelam sinais de uma época em que os povos deitavam-se olhando para as estrelas e fazendo a adoração às mesmas através do culto aos totens. Provavelmente tinham uma ligação forte entre o mundo subjetivo e objetivo e alguns pesquisadores antropólogos estudam algo conhecido como "animismo", que é a identificação de que todoso os objetos têm alma. Muitos acreditam que a tecnologia moderna já era utilizada em Atlântida e foi apenas redescoberta. O problema para os atlantis é que a extrema dedicação à ciência fez com que perdessem seus vínculos espirituais. Eles se tornaram meros servos de suas vontades e essa ruptura levou a civilização à ruína.

Acredita-se também que antes de Atlântida ser destruída, muitos fugiram para o Egito, contribuindo com a cultura e o desenvolvimento egípcio. As transformações religiosas, morais, sociais, científicas e éticas do Egito podem ser explicadas através disso. Alguns estudiosos de cunho mais esotérico acreditam que o Egito foi o local escolhido pelos atlantis para perpetuar seus conhecimentos. Isso talvez explicaria como uma civilização no meio do deserto, com parcos recursos, se transformou em uma potência que teve séculos de glórias. Esse avanço repentino fez com que o Egito se erguesse acima de outras nações que ainda viviam atrasadas.


Era de CâncerERA DE CÂNCER  (8.780 a.C. até 6.620 a.C.)

De acordo com dados reportados no livro de Genesis, no início desta era ocorreu o dilúvio sofrido por Noé. Signos de água não possuem representação humana no zodíaco, apenas animais são associados a eles. Peixes e Escorpião já são óbvios, Câncer é um caranguejo. A água simboliza purificação, mas, além disso, também simboliza origem da vida, a fertilidade e nossos instintos. Como já vimos, acredita-se que Atlântida se autodestruiu por conta da má utilização do fogo. O fogo simboliza o poder de Leão, e afundar nas águas pode simbolizar a purificação de Câncer. Os sobreviventes se espalharam e usaram seus instintos para continuar vivendo, se misturando em outras culturas. São características do elemento água: dissolução, instinto e mistura. Essa reorganização social e cultural promovida pelos atlantis sobreviventes marca a era de Câncer, junto com a purificação e renascimento espiritual do povo de Atlântida.

É interessante notar que praticamente todos os povos do planeta possuem uma lenda ou mito sobre o dilúvio universal, onde a água servia como fonte purificadora das raças. Nesses mitos, toda a civilização pré-diluviana existente era destruída e um novo ciclo de evolução era iniciado com os remanescentes bárbaros. Câncer se renova e cresce a partir de experiências prévias, é uma energia bastante ligada ao passado.


Era de GêmeosERA DE GÊMEOS (6.620 a.C. até 4.460 a.C.)

Gêmeos é um signo de dualidades. Ao mesmo tempo, representa o lado racional e irracional do ser humano, seu lado animal e seu lado civilizado. Essa dualidade também está presente na elevação material e espiritual que o signo de Ar promove. O Ar, aliás, é o elemento mais ligado ao nosso lado humano, o único elemento zodiacal que não tem representação animal. O Ar nos possibilita aprender, se relacionar, é quem cria as sociedades e laços entre os homens. Por isso dizem que Gêmeos é o portal do conhecimento.

A transição da era de Câncer para a era de Gêmeos trouxe uma necessidade muito grande de adaptação para o ser humano. O progresso das grandes civilizações estava tomando o lugar da barbárie. A era é permeada de lendas e mitos sobre irmãos gêmeos, como Osíris e Seth no Egito, marcando o nascimento dessa grande civilização. É a nova civilização - Osíris representando a civilização e seu progresso em contraste com os modos antigos - Seth simbolizando bestialidade, a barbárie.

Outro exemplo é a mitologia cristã, onde Abel simboliza a civilidade e Caim a bestialidade.


Era de TouroERA DE TOURO (4.460 a.C. até 2.300 a.C.)

Touro é o material, as necessidades básicas do ser, os recursos, simbolizando tudo que se pode tocar e ter, tudo que é real, palpável. A preocupação principal é suprir as necessidades básicas para sobreviver, é a perseguição implacável pela segurança. Touro só reconhece e acredita no que pode ver, com a Terra representando uma percepção a partir de uma realidade própria. Ao longo desses dois milênios da Era de Touro, comunidades nômades de caçadores e coletores começam a sedentarizar-se primeiro em torno da atividade pastoril e, logo depois, da agricultura. A fixação à terra e suas riquezas é a marca registrada da Era de Touro.

Touro se preocupa com as necessidades básicas, a subsistência. Durante sua era, civilizações foram impulsionadas para o plantio, cultivando terras para sobreviver das suas colheitas. Isso tornou possível a fixação de povos em determinadas áreas, como se criassem raízes tal qual seu plantio. De repente não precisavam mais ser nômades, podiam viver em um determinado lugar que tivesse as condições necessárias para plantar e viver do que se colheria. Touro se personificou em deuses (como a Deusa Hathor e o boi Ápis), sendo adorado por muitos povos. Muitas religiões conectadas com a terra surgiram em sua Era.

A terra nessa nova fase da agricultura na Era de Touro, precisa de água para se nutrir e dar frutos. Por isso a relação com Escorpião, seu signo oposto e complementar se tornou muito importante. Os povos procuravam terras onde a água pudesse ser facilmente acessada para garantir o plantio. A necessidade pelo tangível, por tocar em coisas que existem, propiciou o desenvolvimento de ciências exatas como matemática e engenharia. Medicina e astronomia também evoluíram muito durante a Era de Touro. No Egito, os Faraós passaram a simbolizar o vínculo da terra com o divino. Essa “divindade” adquirida pelos Faraós é que propiciava a prosperidade do povo e sua proteção, através de boas colheitas.

Estamos falando da Era de Touro, mas cada era não é influenciada apenas por um signo. Touro pode ser o signo principal de sua Era, o ascendente do mundo, mas ele também é o ponto de intersecção de outros signos que influenciarão em algum nível sua Era, numa grande cruz cósmica. No caso da Era de Touro temos Leão no Fundo do Céu, Aquário no Meio do Céu e Escorpião no Descendente. Dessa forma, outros signos opostos e complementares influenciarão cada era de um determinado signo. Os signos que formam quadraturas com o signo principal de uma Era também exercerão alguma influência, mas em menor proporção do que os opostos e complementares.

Povos que antes vivam como nômades começaram a se fixar durante a Era de Touro. A busca por água para garantir o plantio fez com que os povos procurassem meios de controlá-la através de reservatórios. Gradativamente, represas e diques começaram a ser construídos de forma cada vez mais eficiente e o processo de irrigação foi conquistado. As áreas de cultivo começaram a crescer e os povos começaram a se expandir, gerando civilizações históricas, como a egípcia. O Egito, aliás, junto com o império Mesopotâmico, é um grande exemplo desse período. A ligação entre Touro e Escorpião nessa Era propiciou a formação desse grande império, impulsionando o domínio das colheitas e prosperidade. As grandes colheitas podiam alimentar não só o povo, mas trabalhadores de todos os cantos que trabalharam na construção desses impérios. Nada disso seria possível sem o controle das águas dos rios Tigre, Eufrates e Nilo.

Obras de engenharia cada vez mais avançadas permitiam represar cada vez mais quantidade de água. Controlar a água significava ter recursos para plantar. Com a construção dessas represas, a agricultura cresceu, assim como a criação de animais, possibilitando a produção de excedentes. Esse controle mais eficiente da produção gerou sistemas econômicos sólidos, fazendo com que o controle do povo não se desse mais através da força militar e sim através da economia, onde se controlava o fluxo de riquezas e consequentes tributos da população. Suméria e Egito foram exemplos de impérios que em vez de dominar através da força usavam o poder econômico. A administração econômica do Estado passou a ser tão ou mais importante que o exército ou reis, imperadores e faraós.

Esse foi um dos legados dessa junção complementar entre Touro e Escorpião, gerenciar bem as terras e seus recursos hídricos, possibilitando o florescer de civilizações baseadas em uma produção agropecuária altamente eficiente.


Era de ÁriesERA DE ÁRIES (2.300 a.C. até 150 a.C.)

Assim como em Leão, o fogo novamente promove a purificação do espírito, que como uma fênix, renasce das cinzas mais puro e forte. Dessa forma, a era de Áries representa um novo início, o nascimento de uma outra realidade. É a era das guerras, conquistas, sua prepotência e impulsividade traz consigo um senso de independência. Reis e faraós adquiriram ainda mais poder pessoal, enquanto civilizações que dependiam da terra, como o Egito, sofreram um certo declínio ao final da era de Touro.

Invasões bárbaras marcam a passagem da Era de Touro para a Era de Áries. Enquanto a Era de Touro trouxe prosperidade para vários impérios com economia baseada na agropecuária, a Era de Áries trouxe o domínio do metal e grandes máquinas de guerra, o que trouxe caos e instabilidade. As terras férteis do Oriente Médio, Mediterrâneo, China, Índia, foram invadidas por povos bárbaros do norte, que subjugaram grandes impérios como o egípcio através da superioridade militar.

Áries tem como regente Marte e sua Era simboliza atitudes proativas e beligerantes. Com o domínio da metalurgia, civilizações belicosas cresceram economicamente, formando grandes forças militares. O Deus vingativo e belicoso do Velho Testamento é um forte símbolo dessa Era, assim como Moisés, que além de quebrar um bezerro de ouro anunciando o fim da Era de Touro, lidera os hebreus à Terra Prometida, uma atitude de independência. O Sacrifício de carneiros (Áries) era comum para esse Deus do fogo, que se manifestava através de uma "sarça ardente".

As sociedades se reorganizaram durante a Era de Áries. As conquistas territoriais que se dão através de invasões militares mudam a economia, política e vida social de várias civilizações. O Egito é um bom exemplo dessa mudança. Em vez de uma potência agropecuária, voltada para sua economia interna, o Egito volta suas atenções para desenvolver seu poderio militar. Durante a Era de Áries, Amenófis III e Ramsés II lutam com os hititas pelo controle do comércio no Oriente Médio, visando expandir seu domínio territorial e sua economia.

Povos e culturas começam a se fundir durante essa Era. Persas, gregos e latinos são alguns povos que marcam a Era de Áries. A fusão entre eles dá origem à base étnica que constituiria mais tarde os estados europeus. Culto à terra da Era de Touro dá lugar a religiões que cultuam valores masculinos, enterrando o lado lunar e feminino de Touro. Toda essa fusão é fruto da interação com o eixo Áries - Libra.

Libra representa um papel marcante nessa mudança social e cultural. Como é o signo oposto e complementar a Áries, influencia a fusão com o outro, a filosofia, religião e até política. O direito romano, o confucionismo e o budismo (doutrina que prega o caminho do meio) são exemplos claros dessa influência libriana. A democracia ateniense também sofreu tal influência, trazendo a liberdade de expressão e de escolhas políticas.

Durante essa era, Capricórnio ocupava o Meio do Céu, influenciando o controle através de tradição, hierarquia e uma rígida separação de classes. Predominam as monarquias, onde o rei está acima da lei, protegido pelo escudo da religião, sendo a ligação direta entre Deus e seu povo. A riqueza que vinha do plantio e da criação de animais na Era de Touro deu lugar a impérios despóticos e teocráticos, como os do Egito e os da Assíria, Caldéia e Pérsia.

O poder estava centralizado no Oriente Médio, mas à medida que a Era de Áries vai chegando ao seu final, o Ocidente começa a ganhar força, muito por conta de Alexandre, o Grande. Com educação grega, Alexandre partiu em uma campanha de conquistas que constituíram o grande império helenístico. Ele unificou várias regiões asiáticas sob seu império, misturando a cultura local com a cultura grega. É uma época que marca a passagem da Era de Áries para a Era de Peixes. O império alexandrino borrou fronteiras políticas, econômicas e principalmente culturais, levando os costumes ocidentais para o oriente, já evocando uma aura de dissolução.


Era de PeixesERA DE PEIXES (150 a.C. até 2010 d.C.)

Assim como o fogo, a água de Peixes também simboliza purificação, mas também traz a fertilidade, o instinto primordial e a mediunidade.

Peixes carrega uma dualidade. Ao mesmo tempo que tem o espírito elevado ao ponto de se tornar um mártir, pode querer escapar da realidade. Piscianos enxergam sempre o futuro, são visionários e bondosos, mas também se impressionam com facilidade e são influenciáveis. O nascimento de Ichthys ou Ichthus (do grego antigo ΙΧΘΥΣ ou ΙΧΘΥC, significando "peixe") é o símbolo ou marca do cristão. Trata-se de um acrônimo, utilizado pelos cristãos primitivos, da expressão "Iēsous Christos Theou Yios Sōtēr", que significa "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador" e foi um dos primeiros símbolos cristãos, juntamente com o crucifixo e continua a ser usado pelas igrejas cristãs.

Aliás, o crucifixo, também é um símbolo derivado da cruz astrológica. Antigas igrejas medievais ainda usavam a cruz sem a haste comprida e com o círculo em volta, um símbolo com mais afinidade ainda à cruz zodiacal.

Yeshua (Jesus, o salvador) marca a era de Peixes. Seus ensinamentos carregam a mensagem de um Deus mais compreensivo, que deseja que a bondade e a solidariedade aflorem entre os seres humanos. É um Deus com um toque mais feminino, representado no Novo Testamento. Sai o Deus de Fogo (Áries) do Antigo Testamento e entra o Deus de Água (Peixes) do Novo Testamento.

A bíblia cristã carrega muitos simbolismos da era de Peixes. Cristo é batizado na água, apóstolos são pescadores, há o milagre da multiplicação dos peixes, entre outros... O "cordeiro de Deus que tirou os pecados do mundo” representa o Cristo que perdoa as civilizações da era de Áries e prepara os homens para a nova era de Peixes. Assim, ele carrega como símbolos o cordeiro de Áries e o peixe de Peixes. Você já reparou naqueles adesivos de carro onde Jesus é sempre simbolizado por um peixe? Esta é uma referência mais direta nos dias de hoje.

Esta Era trouxe consigo toda a ideia do signo, que é tentativa de elevar o ser humano espiritualmente, cultivando o amor entre iguais, a bondade, solidariedade e compreensão. Porém, os povos também construíram grilhões sociais na forma de rígidos sistemas hierárquicos. Quem tinha mais posses tinha mais valor, algo que vai de encontro com a filosofia da igualdade e solidariedade.

Esse lado materno e feminino do novo Deus teve como principal veículo a Virgem Maria, que representava o eixo zodiacal dos opostos complementares Peixes - Virgem. Aliás, outro problema dessa era foi Peixes deixar um pouco de lado Virgem, seu signo oposto que poderia trazer mais equilíbrio. Esse desbalanceamento trouxe consequências não tão benéficas para a humanidade.

Na Era de Peixes, o poder passou de vez do oriente para o ocidente, mais precisamente da Ásia para a Europa. Predominantemente cristã, a Europa era unificada através do poder da igreja católica e de suas tradições greco-romanas. A conquista de territórios asiáticos levou à introdução do cristianismo nesses povos. A Era de Peixes trouxe também as grandes navegações e o estabelecimento de grandes instituições, como a Igreja Católica Apostólica Romana, assumindo um papel materno na proteção dos homens pecadores, algo que ampliou ainda mais o domínio da Europa sobre o resto do mundo.

A Europa era unida pelo cristianismo e pela herança cultural greco-romana. Na Era de Peixes o cristianismo europeu foi levado para a Ásia. A influência social e cultural do ocidente começou através das conquistas de Alexandre, o Grande. Seu império durou de 336 a.C até 323 a.C e foi responsável por juntar os fundamentos culturais da Grécia e da Pérsia. A mistura entre os povos também foi possível durante essa época, com orientais casando-se com ocidentais. Outro traço marcante de seu governo foi tolerar as práticas dos povos conquistados, respeitando sua cultura e religião. O grego era o idioma oficial, dando uma noção de coesão ao seu vasto império. De repente, fronteiras não faziam mais sentido, assim como barreiras étnicas, culturais e sociais. Essa nova Era iniciada por Alexandre se estendeu até a época do Império Romano.

Não é difícil perceber Alexandre como um agente precursor da Era de Peixes, na medida em que cumpre papéis piscianos: integrar, dissolver fronteiras, fundir e diluir as diferenças. Seu papel foi fundamental para sedimentar o caminho para a Era de Peixes. Acabando com as fronteiras e integrando vários povos, ele conseguiu diminuir as diferenças e criar um império onde todos coexistiam, não importando raça ou costumes. Muitos consideram seu império helenístico como parte integrante da Era de Peixes, mas é melhor considerá-lo como o responsável por corroer as estruturas da Era de Áries, criando um caminho para a Era de Peixes. Durante seu governo, os velhos costumes e tradições ainda dividiam espaço com as novas ideias de unificação dos povos.

O cristianismo é uma grande marca na transição entre as Eras de Áries e Peixes. Com seus fundamentos baseados na compaixão e amor de Peixes, o cristianismo ainda pregava o desapego aos bens materiais, uma vida pura, sem pecados, dedicada ao bem, o perdão e a igualdade. A base do cristianismo remete ao caráter universalista de Peixes, ao fazer o bem sem olhar a quem. A valorização da humildade e da pureza são influências do signo oposto complementar, Virgem. Quem seguisse os preceitos do catolicismo alcançaria a salvação, enquanto os demais seguiriam rumo ao inferno. O controle da igreja católica passou a ser de vital importância para o poder vigente.

Como Peixes é um signo de dualidade, a chegada de sua Era traz bases misturadas para as civilizações. Roma preserva as influências gregas e helenísticas do império Alexandrino, enquanto o cristianismo, uma religião fundada sob preceitos piscianos, nascida entre pescadores e que fala do martírio de Jesus (que multiplicava os peixes), se mostra como pivô da passagem da Era de Áries para a Era de Peixes.

O nascimento de Jesus poderia ser considerado como o marco inicial da Era de Peixes. O simbolismo está todo lá: um messias que prega os preceitos universais e caridosos de Peixes, nascido de uma mulher pura - uma "Virgem". O nascimento ainda é percebido pelos estudiosos da astrologia da época, os três reis magos, também chamados de astrólogos. Porém, não podemos precisar que o início da Era de Peixes tenha sido justamente o nascimento de Cristo. A astrologia não funciona dessa forma, as transições entre as Eras são gradativas, como um degradê de cores, cheias de nuances e fatos marcantes, que pavimentam e consolidam a nova Era que está por chegar. Esses acontecimentos podem se estender por anos, décadas. Não existe um choque que force uma transição direta, da noite para o dia. O nascimento de Jesus, seja real ou apenas um simbolismo astrológico propagado, é uma referência importante, que faz com que seja até mais fácil delimitar a transição entre Eras, tanto de Áries para Peixes, como de Peixes para Aquário.

Há quem diga que o chamado "juízo final" seja simplesmente o início do grande ciclo de 36 anos de Saturno (astro conhecido como senhor do tempo, da colheita, que cobra cobrador conforme suas obras) que se inicia em 2017 e que dentro desse período se consolidará de fato a entrada definitiva da terra sob as influências energéticas da Era de Aquário.

Estamos vivendo um momento singular neste final da Era de Peixes, com um aquecimento global cíclico natural, escassez de alimentos, novas doenças e esgotamento de alguns de nossos recursos vitais. Civilizações e culturas vem e vão e fragilidades sistêmicas emergem. É bom lembrar que ao fim de cada grande Era, há chances de um novo cataclismo transformador.

Com a Era de Peixes chegando aos seus últimos graus, podemos ser abalados desastres naturais, aquecimento global, escassez de alimentos, recessão, crises econômicas, energéticas, nucleares, instabilidades políticas e ideológicas, ataques terroristas e toda sorte de turbulências. Mas, após as dores do parto e finalmente o nascimento da Era de Aquário, começaremos a expurgar toda forma de corrupção do mundo antigo com a ajuda das leis do universo.


Era de AquárioERA DE AQUÁRIO (2010 até 4.170 d.C.)

Ao contrário dos signos de Água, os signos de Ar são os únicos que não são representados por animais no zodíaco. O Ar é um elemento ligado diretamente ao Homem e que promove sua elevação material e espiritual, abrindo caminhos para uniões, relações e sociedades. É o elemento do aprendizado, do conhecimento.

Na era de Aquário, o individualismo de Peixes é deixado de lado em prol da busca pelo universal e do coletivo, temas bastante ligados a energia de Aquário. As atitudes passam a ser mais objetivas, impessoais, tudo que não se aproveita mais ou está ultrapassado é descartado. Novos pensamentos e tecnologias surgem com bastante velocidade, a eletricidade tem grande importância. Com o advento da tecnologia da informação, quebra-se o espaço tempo. Com a internet, povos distantes do planeta conseguem se comunicar e se visualizar na velocidade da luz sem precisar estarem no mesmo ambiente. A realidade virtual já é uma realidade.

Já a partir da década de 1960, assuntos como vida extraterrestre, engenharia genética, cibernética, inteligência artificial, entre outros, começaram a ganhar maior destaque na sociedade. Uma preocupação com o meio ambiente também começou a tomar forma, tudo isso graças ao jeito progressista e reformador de Aquário de olhar para o mundo. A transição gradual para a nova Era se mostra bem visível a partir dessa época. Os hippies, o estabelecimento do Rock'n Roll (ritmo advindo da libertação e da rebeldia), os ímpetos de extremismo, o fluxo intenso de novidades tecnológicas...

Aquário está sempre olhando para frente, impulsionando o ser humano rumo ao progresso. Ele busca a liberdade, tanto pessoal quanto do mundo como um todo, e isso será ainda mais evidente através da conquista do espaço. O mundo continua mudando, agora de maneira ainda mais frenética, vertiginosa e principalmente súbita, reflexo do modus operandi de Urano, co-regente de Aquário.

Essa nova Era tem como mote criar um mundo com mais amor e paz, porém isso só será possível a partir da evolução de cada um, algo que formará um coletivo harmonioso. As pessoas sentirão necessidade de não deixar que os outros intercedam negativamente em suas vidas e serão mais incisivas em áreas como religião e governo, tendo ímpetos mais rebeldes (outra faceta aquariana) e tentando sempre tomar as rédeas de sua existência.

Novas fronteiras da descoberta científica em uma era de avanço tecnológico. Os tratamentos médicos provavelmente serão baseados na tecnologia de frequência de ondas, à nível molecular, utilizando o espectro infra-vermelho e ultravioleta da luz, de ondas curtas a ondas ainda mais curtas e ainda mais penetrantes. O mundo quântico e subatômico será desvendado e utilizado de vez abrindo caminho para uma era de abundância.

O avanço científico na fusão nuclear revolucionará poderá revolucionar o consumo de energia do mundo no ciclo natural da mudança climática, onde a energia global poderá ser fornecida por geradores movidos a energia de ponto zero, ecologicamente correta, atendendo à demanda global sem emissões poluentes.

Mudando a si mesmos, farão com que seja possível mudar o mundo nessa nova Era, tão esperada por uns, tão temida por outros...

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O céu no momento...

terça-feira, 19 de março de 2024 | 11:00