Os 7 Princípios Herméticos
Entenda o que é hermetismo e conheça os 7 princípios herméticos que explicam as leis do universo.
Por Equipe Astrolink em Hermetismo
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Você já se perguntou de onde vêm certos ensinamentos espirituais que parecem atravessar os séculos? O hermetismo, também chamado de filosofia hermética, é uma corrente filosófica e espiritual baseada nos ensinamentos atribuídos a Hermes Trismegisto, uma figura que simboliza a fusão entre o deus egípcio Thoth e o deus grego Hermes.
Mas afinal, o que é o hermetismo? Trata-se de um conjunto de saberes antigos que exploram o funcionamento do universo, da mente e da realidade. Esses ensinamentos, que têm forte base simbólica e metafísica, foram preservados ao longo do tempo em textos considerados sagrados por muitas tradições esotéricas. Um dos mais conhecidos é o Caibalion, obra que apresenta os sete princípios herméticos, leis universais que explicam como tudo se manifesta, vibra, se transforma e se conecta.
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Hermetismo - o que é?
O hermetismo não é uma religião, mas uma tradição de sabedoria espiritual e filosófica. Seus princípios visam compreender a natureza da realidade, da consciência e da existência, oferecendo chaves para uma vida mais alinhada com as leis universais.
Com raízes no Antigo Egito e grande influência grega, os ensinamentos herméticos abrangem temas como mentalismo, correspondência, vibração, polaridade, ritmo, causa e efeito, e o princípio do gênero. Essas ideias servem como uma base para muitas outras escolas esotéricas, incluindo a alquimia, o tarot, a astrologia e a cabala.
Ao estudar o hermetismo, nos conectamos com um saber atemporal que convida à reflexão profunda, à autotransformação e à busca por uma verdade interior que transcende dogmas.
Hermes Trismegisto: homem ou divindade?
Na tradição esotérica, Hermes Trismegisto ocupa um lugar entre o mítico e o histórico. Muitas lendas afirmam que ele seria a fusão simbólica do deus egípcio Thoth, ligado à sabedoria, magia e escrita sagrada, com o deus grego Hermes, patrono da comunicação e da inteligência.
O título “Trismegisto” significa “três vezes grande” e faz referência à sua maestria em três áreas: filosofia, alquimia e astrologia. Seus seguidores, conhecidos como hermetistas, consideravam-no uma fonte de sabedoria divina, e suas obras eram assinadas com seu nome, mesmo quando escritas por outros autores. Esses escritos ficaram conhecidos como textos herméticos, entre eles tratados sobre alquimia, magia, astrologia e os fundamentos da filosofia espiritual.
Algumas histórias o descrevem como um grande sábio que viveu no Egito entre 1500 a.C. e 2500 a.C., considerado por muitos o primeiro alquimista da história. A ele são atribuídos feitos extraordinários, como a transmutação de metais, o uso terapêutico das plantas e o domínio sobre os elementos, práticas que dariam mais tarde origem à química, fitoterapia e outras ciências.
A coleção de textos conhecida como Hermética apresenta uma visão espiritualizada do cosmos. Nela, o conhecimento (gnosis) é o caminho para alcançar um estado superior de consciência, algo buscado por diversas tradições místicas, incluindo os primeiros cristãos gnósticos, os essênios e os sabeus.
Hermetismo e o ocultismo: muito Além do "hermeticamente fechado"
Para quem já se interessa por ocultismo, alquimia ou esoterismo, os sete princípios herméticos provavelmente não é novidade. No entanto, quem ainda não teve contato com esse universo pode ouvir o termo "hermético" e associá-lo apenas à ideia de algo "fechado", lacrado, como na expressão “hermeticamente fechado”.
Curiosamente, essa associação não está de todo errada. Ambos os significados derivam da mesma origem: Hermes Trismegisto. Na alquimia, era comum usar selos e fórmulas simbólicas para conservar substâncias e proteger o poder energético de determinados rituais, práticas chamadas de "herméticas". Com o tempo, o termo passou a descrever tudo o que é fechado, secreto ou reservado somente a iniciados.
Assim, o "hermético" do cotidiano carrega ecos do conhecimento esotérico e espiritual que, durante séculos, foi transmitido apenas oralmente ou por manuscritos ocultos.
O Caibalion e os Princípios Herméticos
Entre as obras mais importantes associadas a Hermes também estão os textos compilados no Corpus Hermeticum e a Tábua de Esmeralda, que exerceram grande influência na filosofia grega do século III e que voltaram à tona durante a Idade Média e o Renascimento, épocas em que os experimentos da alquimia estiveram em alta.
Em 1908, os princípios que regem todas as coisas foram reunidos no livro O Caibalion, escrito pelos Três Iniciados a partir dos livros de Hermes. A autoria dos Três nunca foi confirmada. O título do livro deriva da mesma raiz que levou ao termo "cabala" em hebraico, que significa "recepção". Nele, se encontram as descrições das 7 Leis Herméticas que regem todo o universo e que serão resumidas a seguir.
Os 7 princípios Herméticos: as leis do universo
A base do hermetismo está nos chamados 7 princípios herméticos ou também conhecido como as Sete Leis Herméticas, que são leis universais que explicam como tudo no universo funciona, desde os átomos até as estrelas. Entender cada princípio hermético é como obter uma chave para interpretar a realidade de maneira mais profunda e simbólica.
A seguir, vamos explorar os 7 princípios herméticos:
1 - O Princípio do Mentalismo
"O todo é Mente; o universo é mental."
A primeira lei hermética fala basicamente sobre o poder da mente. O universo em que vivemos e tudo o que cremos ser realidade é de natureza mental: a natureza, nossas ações, nossos corpos e todo o resto. Nós somos o que pensamos. Se pensamos coisas boas, coisas boas virão; se pensamos coisas ruins, elas ficarão mais próximas de nós em uma estrutura de forma-pensamento. O universo é um campo de energia mental em dimensões particulares.
2 - O Princípio da Correspondência
"O que está em cima é como o que está embaixo. O que está dentro é como o que está fora."
Na segunda lei hermética, compreendemos que para tudo existe uma correspondência no universo, seja no microcosmo ou no macrocosmo. Usando a Bíblia como exemplo, este princípio está refletido na analogia de quando "Deus cria os homens à sua imagem e semelhança". Sendo assim, para compreendermos tudo aquilo que nos cerca, temos que olhar para a sua correspondência e seu padrão em outros lugares.
3 - O Princípio da Vibração:
"Nada está parado, tudo se move, tudo vibra."
A terceira lei hermética é amplamente aceita pela ciência moderna e trata do movimento inerente ao universo. Tudo se move, pois tudo vibra. Tudo é composto de átomos em constante vibração. O movimento é o que leva a mudanças e as vibrações ocorrem em diferentes graus. Por meio das vibrações, podemos estar mais próximos do caos ou da harmonia, e isso pode ser controlado. Nas frequências mais altas estão aquilo que não é visto; nas frequências mais baixas estão as vibrações da matéria.
4 - O Princípio da Polaridade
"Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliáveis."
Na quarta lei hermética, entendemos que vivemos em um mundo polarizado. Tudo tem uma dualidade: o quente e o frio, o claro e o escuro, esquerda e direita, bem e mal... Quando associamos o princípio da polaridade com o da vibração, porém, compreendemos que as dualidades são duas faces da mesma moeda - em graus diferentes. O escuro não é nada além da luz ausente; a saúde é ausência de doença. A dualidade é, também, a unidade.
5 - O Princípio do Ritmo
"Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação."
Na quinta lei hermética, entendemos que vivemos em uma dinâmica de ciclos. Tudo o que vai, volta, e vivemos em uma vibração eterna de atração e repulsão, de inspiração e expiração. Assim como podemos estar por cima, certamente voltaremos para baixo, e isso vale tanto para movimentos físicos como o dos astros, frequências mentais e padrões de relacionamento. Por meio da Neutralização, é possível conquistar maior estabilidade dos ritmos.
6 - O Princípio de Causa e Efeito
"Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade, mas nada escapa à Lei."
Na sexta lei hermética, compreendemos que as coincidências nada mais são do que acontecimentos nos quais as causas ainda não foram esclarecidas. Toda ação tem uma reação e nada é por acaso. Ao dominar os princípios desta lei, é possível ser o agente causador e não apenas sentir os efeitos, de modo que possamos propagar o bem. Quando tal mecanismo é dominado, nos tornamos mestres de nós mesmos.
7 - O Princípio de Gênero
"O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero manifesta-se em todos os planos da criação."
No sétimo princípio hermético, entendemos que o gênero não está apenas naquilo que se reproduz fisicamente, mas também está em planos mentais, naturais e espirituais. Toda criação deriva de uma força masculina e feminina. Tudo o que existe pode ter gênero: seres humanos, planetas, árvores. Sabendo e internalizando este fato, podemos viver em maior plenitude.
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O Universo Hermético e os Planetas
Na tradição hermética, os planetas não são apenas corpos celestes, mas expressões vivas de arquétipos divinos. No período helenístico, sua ordem foi determinada pela velocidade de translação, formando a seguinte sequência simbólica: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno.
Esses sete planetas eram vistos como degraus de uma escada cósmica, uma ponte entre o mundo material e o espiritual. Cada planeta influenciava tanto o macrocosmo (o universo) quanto o microcosmo (o ser humano), especialmente através dos centros energéticos alinhados com a coluna vertebral.
Pitágoras, um dos primeiros filósofos místicos, acreditava que os planetas emitiam sons ao se moverem - a chamada música das esferas. Ele criou uma escala musical baseada em sete notas, alinhadas às sete vogais do alfabeto grego, para curar e harmonizar a alma humana em sintonia com o cosmos.
A Jornada Espiritual pelos Planetas
Na tradição hermética, evoluir espiritualmente significava atravessar os sete planetas, ou centros da alma e, pouco a pouco, transcender os vícios associados a cada um:
- Lua: oscilação emocional
- Mercúrio: astúcia e inconstância
- Vênus: luxúria e cobiça
- Sol: orgulho e ego
- Marte: impulsividade e ira
- Júpiter: ganância e excesso
- Saturno: melancolia e rigidez
Purificando esses aspectos, o buscador alcançaria a gnosis, o reconhecimento de sua natureza espiritual, feita de luz, consciência e vibração.
A Influência Hermética na Espiritualidade e na Astrologia
Na astrologia, os ensinamentos de Hermes Trismegisto têm um papel essencial. Seus escritos filosóficos, como os que compõem o chamado Corpus Hermeticum, abordam a busca pela Verdade Universal, aquela que conecta todas as religiões, crenças e tradições em uma única essência espiritual.
Esse pensamento foi fundamental para moldar não apenas a astrologia, mas também diversas linhas místicas e religiosas, tanto do Ocidente quanto do Oriente. Suas ideias atravessaram fronteiras culturais e inspiraram tradições como o Cristianismo, o Islamismo, o Gnosticismo, além de pensadores como Sócrates, Platão e muitos outros filósofos clássicos.
Por estar ligado ao Egito, um dos centros de conhecimento e intercâmbio espiritual mais importantes da antiguidade, o hermetismo espalhou-se com facilidade. Seu impacto continua vivo até hoje, influenciando práticas modernas de autoconhecimento, magia, espiritualidade e expansão da consciência.
Em meio a tantas lendas, textos e interpretações, Hermes Trismegisto talvez nunca tenha sido uma única pessoa, mas sim um símbolo atemporal de sabedoria ancestral. O que permanece até hoje é o impacto transformador de seus ensinamentos, que continuam a inspirar buscadores do autoconhecimento em diferentes tradições espirituais.
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