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O carnaval, a páscoa e outras festas da antiguidade

As origens ancestrais das nossas festividades

Por Astrolink em Curiosidades

Modo claro

11 minutos de leitura

No Brasil, muita gente diz que o ano só começa de fato após o carnaval, e há regiões do país que iniciam a folia logo após a comemoração de Réveillon. No entanto, enquanto muitas pessoas aguardam ansiosamente para aproveitar a semana de curtição, outras sequer cogitam colocar uma fantasia, correr atrás dos bloquinhos de rua ou curtir os bailes.

Assim como a Páscoa, o carnaval é uma data móvel, derivado de costumes pagãos muito antigos. Seu cálculo, de certa forma, está atrelado à Astrologia, assim como muitas coisas do nosso cotidiano das quais nem nos damos conta.

O domingo de Páscoa é aquele que acontece após a primeira lua cheia após o Equinócio de Primavera (outono no hemisfério sul - conhecido como Ano Novo Astrológico, quando o Sol entra no signo de Áries geralmente entre os dias 20 e 21 de março). A terça-feira de Carnaval acontece exatamente 47 dias antes da Páscoa, todos os anos.

As importantes festas pagãs

Quando crescemos adquirindo conhecimento a partir dos meios tradicionais (como a escola ou a televisão), obtemos uma visão parcial das coisas, vinda de formatações pré-estabelecidas e filtradas. Frequentemente aceitamos os costumes e práticas de nossos pais e avós, bem como das gerações que os precederam, sem muitos questionamentos. No entanto, muitas pessoas não se satisfazem com tais versões e eventualmente passam a questioná-las e contestá-las, fazendo descobertas que ampliam sua visão de mundo e que, muitas vezes, são bem mais próximas da realidade.

Algo que faz toda a diferença é entender as origens de muitas das festividades que existem hoje em dia: cultos a deuses de povos ancestrais, ao Sol e às estações do ano. Como exemplo, vamos analisar o culto a Saturno.

A mitologia nos conta que Saturno (na mitologia Romana, ou Cronos na mitologia grega) castrou seu pai, Urano, e se estabeleceu no poder, sendo em seguida destronado e exilado por seu filho Júpiter (ou Zeus). Saturno iniciou um novo governo no local onde foi exilado e conseguiu estabelecer uma Era de paz, harmonia, sabedoria e fartura, uma espécie de Era Dourada.

Em comemoração à tamanha prosperidade, as Saturnálias, festividades romanas em honra a Saturno, estabeleceram-se como uma forma de celebrar essa época pacífica. Nossas festividades contemporâneas de fim de ano são as derivações mais famosas dessas importantes festas do mundo antigo.

Os povos pagãos da antiguidade também criaram ritos e festivais anuais em torno das 4 estações do ano. Posteriormente, no esforço de converter pagãos, o cristianismo assimilou várias destas celebrações, que acabaram tornando-se parte do calendário oficial de feriados religiosos.

Roma, em uma brilhante estratégia, adotou e promoveu os festivais pagãos mais praticados no início do cristianismo e os espalhou por todo o império, mas deu a eles novos nomes. As celebrações em torno do Solstício de Inverno se tornaram os Festivais de Inverno de Saturnália e Brumalia, celebrados em dezembro. Os Festivais de Primavera davam a deixa para "o novo nascimento" ou a "ressurreição".

Havia também o Festival do Amor de Lupercalia, que ocorria em fevereiro. Esta festa, que era muito antiga, tornou-se ainda mais popular nos tempos da República romana quando a gruta Lupercal foi reformada, perdurando até aos tempos do império e da sua queda. O Papa Gelásio I proibiu e condenou oficialmente essa festa pagã e, numa tentativa de cristianizá-la, converteu-a no Dia de São Valentim (Valentine's Day), comemorado atualmente no dia 14 de Fevereiro. É por isso que muitos se confundem quanto ao Dia dos Namorados brasileiro, comemorado em 12 de junho, cuja função é ser uma data comercial para um mês fraco em vendas, porém escolhida por ser a véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro. 

Quando a Igreja Católica Apostólica Romana começou a espalhar sua influência por todo o mundo, entendeu que os nativos apegavam-se bastante a esses festivais anuais e portanto não era interessante simplesmente extinguí-los. Tomou-se então uma decisão estratégica importante: em vez de forçar radicalmente o catolicismo às populações locais, converteu as festividades e deu a elas uma roupagem cristã. Dessa forma, Saturnália e Brumalia tornaram-se o nosso Natal, os Festivais da Primavera foram convertidos na Páscoa.

A Páscoa

No mundo antigo de fato haviam diversos mitos sobre deuses que eram ressuscitados e a maioria deles baseados na celebração do equinócio da primavera, o maior culto a celebração da vida após o inverno.

Coelhos, lebres e ovos são símbolos de fertilidade e renovação que remetem a costumes e celebrações muito antigas onde a troca de ovos eram comuns em muitas culturas. O ovo, em muitas tradições (como a indiana, por exemplo, que diz que o universo inteiro saiu de um ovo chamado hiranyagarbha, o "ovo cósmico") sempre foi tido como um símbolo de nascimento, de despertar, de onde a vida começa, uma referência óbvia.

O "Concílio de Niceia" ocorrido no ano de 325 d.C sob a tutela do imperador Constantino I definiu que o domingo de páscoa aconteceria após a primeira lua cheia, após o Equinócio de Primavera, ou seja: o domingo que acontece após a primeira lua cheia após a entrada da primavera, é o domingo de páscoa.

Não vemos nenhuma celebração de Páscoa no Novo Testamento da bíblia. Os Festivais da Primavera foram convertidos na Páscoa. "Easter" (Páscoa em inglês, palavra derivada de Eostre, a deusa nórdica da primavera, que também tem ligação com Astarte, uma deusa babilônica), ganhou posteriormente a conotação de "morte e renascimento" de Jesus Cristo.

Além dos póvos pagãos da antiguidade, todas as religiões dominantes do mundo atual: cristianismo, judaísmo e islamismo têm suas celebrações de páscoa com algumas variações e adaptações, mas todas simbolizando ritos de passagem e renovação.

A páscoa judaica, por exemplo, chamada de Pessach (que significa basicamente "passagem") é conhecida também como a "Festa da Libertação", que celebra a libertação dos hebreus da escravidão no Egito.

Todas essas adaptações têm ligação com a tradição milenar de celebração da primavera no hemisfério norte, onde a vida, o renascimento e a fertilidade eram celebradas.

Quer saber como essas informações podem afetar sua vida?

O Carnaval

No meio de tudo isso entra o carnaval, em parte derivado das Saturnálias, em parte de outra festa pagã chamada Mardi Gras (do Francês: "terça-feira gorda"). Ao longo do século XX, muitas pessoas já ouviram esse termo de seus pais ou avós, que geralmente desconhecem a origem.

Tradicionalmente, o carnaval é conhecido como um festival pagão atrelado ao calendário cristão, sendo visto como "a última oportunidade de saciar a carne antes da Quaresma", que é o período de resguardo de 40 dias antes da Páscoa. Multidões se aglomeravam nas ruas das cidades em total catarse, euforia e hedonismo.

Posteriormente, esse festival foi trazido por imigrantes europeus para o Novo Mundo e uma de suas fontes etimológicas sugere que o nome "Carnaval" deriva do latim "carne vale", ou "a despedida da carne". Já outras fontes contam que essa tradição começou de fato há milênios, na Babilônia, se desenvolveu no Egito e foi passada adiante para os gregos e romanos.

Essa proposta de adaptação das festividades pagãs possibilitou aos líderes católicos converter um grande número de pagãos de uma só vez, assegurando-lhes a continuidade das celebrações, mas já oficialmente como cristãos.

Na ânsia de esconder, revela-se

Reflita por um momento. Uma máscara ou fantasia de Carnaval é um objeto que pode revelar muito mais do que ocultar. Os adereços que você decidir usar para se divertir nas festividades podem representar partes de uma face oculta que raramente você expõe em público. Em outras palavras, a máscara que esconde nosso rosto pode ser uma exteriorização de nossas maiores vontades e desejos.

No carnaval, nossos alter egos deixam as sombras e ganham uma liberdade temporária. Todo o lado sombrio e obscuro que tentamos reprimir ao longo do ano, guardado a sete chaves, pode então vir a público por um momento.

Um pouco de contexto

Antigamente, durante esse período de festividade, havia uma alteração temporária da ordem social, onde determinados processos hierárquicos eram subvertidos: escravos tinham um indulto temporário, podendo ter de sua liberdade garantida, assim como outros papéis de dominação e subserviência na sociedade também eram invertidos, bem como papéis de gênero.

O inconsciente e os desejos secretos poderiam manifestar-se com total euforia e permissividade. Era como uma viagem, partindo de um ambiente de repressão para outro onde tudo é liberado sem culpa, sem castigo e de uma forma muito intensa. Era um período para extravasar, expôr-se, aliviar tensões, divertir-se e fazer valer nossos lados ocultos, mesmo que temporariamente, revelando facetas que normalmente não eram demonstradas em situações convencionais da vida em sociedade.

Era um período que servia (e ainda serve hoje em dia) como uma válvula de escape coletiva.

Como tudo isso era chancelado pela Igreja, outro costume também passou a ser comum no término das festividades: na missa que era celebrada após o carnaval para encerrar a festa, eram misturadas cinzas com a água benta para que fossem borrifadas nos fiéis. Tal ritual ficou conhecido como quarta-feira de cinzas, sendo uma tradição que perdura até hoje. A simbologia é que tudo já foi transmutado, revelado e os "demônios interiores" queimados - e que qualquer sombra remanescente deveria ficar oculta até o próximo ano. Sob a tutela e proteção da igreja, o resto do ano segue então de maneira normal.

Os líderes tinham o conhecimento de que uma repressão extrema desse nosso lado oculto seria desastroso, e que seria benéfico reconhecê-lo como uma condição humana inerente, mesmo que temporária.

Uns gostam, outros não... e tá tudo bem!

Agora que revisitamos o passado para juntar algumas pontas, voltemos aos dias de hoje e aos braços da nossa boa e velha Astrologia. Já reparou que algumas pessoas parecem viver para festejar, sempre animadas e prontas para a farra, enquanto outras preferem programas mais caseiros, como uma boa refeição, jogos e televisão? A forma como as pessoas agem em festividades depende de quanta timidez ou sociabilidade cada um apresenta.

Pensando em seu próprio comportamento em uma festa ou evento, repare: você precisa ser o centro das atenções a todo momento, ou consegue sentir-se bem ao permitir que outros se coloquem sob os holofotes? Você mantém uma conversa longa e profunda com uma pessoa de cada vez ou está sempre rodeado de pessoas, em meio a diversos assuntos e situações?

Para além da personalidade e do contexto geográfico e social de cada um, algumas configurações astrológicas têm fortes influências na definição de como você gostaria de curtir o Carnaval. Ou seja, nem todo ariano é um folião, assim como nem todo capricorniano fica trancado em casa. Mas sim, muitos estereótipos encontram ressonância nesse período. Mesmo que nem todos os nascidos sob o mesmo signo solar se comportem exatamente da mesma maneira, muitas semelhanças podem ser observadas.

Onde está a diferença?

Além do Sol, planetas como Vênus e Marte também são muito relevantes nessa análise. Marte é o planeta do impulso, da conquista, da ação, da predileção esportiva e do sexo ativo. Vênus é a recepção, a nossa capacidade afetiva, de gerar atração e de apreciar os prazeres e a beleza, de curtir a vida e do sexo passivo.

São duas energias bastante complementares, arquétipos que regulam a intensidade da atração e do desejo, revelando o que é excitante para você, o que te faz ficar ligado(a) e como você funciona em seus momentos mais festivos, prazerosos ou românticos. Especialmente sobre paqueras e relacionamento, a influência de Vênus é importantíssima, pois seu posicionamento não só demonstra como você expressa afeto, mas também por que tipo de parceiros você se sente atraído(a).

Aspectos com outros planetas podem influenciar a ação de Vênus e Marte, então é importante sempre levá-los em consideração para essa análise. Com a ajuda desses arquétipos e do balanceamento geral do seu mapa, você pode se conhecer e tirar o melhor proveito das festas, agitando brincadeiras, partindo para conquistas ou curtindo na intimidade, assim como compreender qual a melhor abordagem para o seu sucesso em eventos como o carnaval.

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Ah, lembrando que o ideal é que você expresse sempre as características mais luminosas dessas energias para aproveitar ao máximo o seu potencial de diversão e evitar confusões. Divirta-se com segurança!

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